quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Quem pariu Mateus que balance...

Essa saiu no blog do Dirceu. Concordo em genero, número e caso!
E acrescento mais, se quisermos ser coerentes com o modus operandi da Deusa Mídia, somos levados a concluir que a Folha também é culpada no epsódio do dossiê. Veja bem:

  1. Gildemar pego com a grana: Gedimar culpado!
  2. Gedimar ligou pra Freud: Freud culpado!
  3. Freud ligou pra Berzoini : Berzoini culpado!
  4. Todo mundo é do PT, Lula também: Lula culpado!
Não é assim que as matérias da Folha sobre o dossiê foram escritas? Então, onde está Mário Lúcio Avelar pra pedir a prisão preventiva do repórter que ligou pra Gedimar, do editor da Folha que ligou pro repórter, do fotográfo que estava com o repórter, a mãe do repórter...
Pimenta no %& dos outros é refresco né?

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Blog do Dirceu

Mídia cria precedente perigoso e agora reclama dele


Na quebra do sigilo telefônico de Gedimar Passos, um dos envolvidos no caso do dossiê, foram monitorados, com ordem judicial, 168 telefones. A Polícia Federal constatou que vários eram de empresas jornalísticas ou de jornalistas, vários da Folha, que faz hoje uma longa reportagem sobre a questão em varias matérias.

O próprio advogado da empresa considerou o monitoramento “abusivo da atividade jornalística”. Juristas ouvidos pelo jornal vão mais longe e falam em violação do princípio constitucional do sigilo da fonte, em devassa, em atentado à liberdade de imprensa, que o próprio juiz que autorizou poderia ter praticado crime e por aí vai. Ou seja, pimenta nos olhos dos outros não arde.

A Folha se especializou em violar sigilos telefônicos protegidos por lei, em fazer devassas na vida alheia, em ignorar o que agora reivindica para si e para seus jornalistas – a presunção da inocência, o principio do ônus da prova e o devido processo legal. Agora se insurge contra uma medida corriqueira numa investigação policial.

Só para lembrar, no famoso caso de Santo André todas as gravações que tinham sido obtidas ilegalmente foram assim consideradas pela Justiça, que as mandou destruir. No entanto os jornais as utilizaram como prova contra inocentes e assim, sem julgamento, sem direito de defesa e sem presunção da inocência, condenou-os perante a opinião pública. Muitas vezes, em minha defesa pública, eu alertei que a própria imprensa estava criando um grave precedente que se voltaria contra ela um dia. Não demorou muito.

enviada por Zé Dirceu


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