Sobre último acidente aéreo em Congonhas. Parte 2

Eis aqui a prometida Parte 2 de nosso ensaio. Confesso que estive em dúvida sobre trocar o título para algo do tipo "Viu que eu disse! E agora?". Não troquei porque... não sei porque!
O fato é que a cada hora, a versão da derrapagem se torna menos plausível. A cada hora também tomamos conhecimento de mais e mais deslizes da grande mídia na cobertura do acidente. Claro que quando digo "deslizes", estou sendo eufemista. Vamos por partes.
Paulo Henrique Amorim acaba de divulgar uma entrevista com o deputado Carlos Zarattini do PT-SP, na qual o deputado afirma ter assistido aos videos de segurança do aeroporto, e visto que o avião da TAM pousou com velocidade atípica, acima do normal. Mais cedo, o chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), Brigadeiro Jorge Kersul Filho, em entrevista coletiva confirmou a mesma informação. Ambos dizem que, de acordo com o cronometro da câmera, é possivel estimar uma velocidade duas ou três, talvez até quatro vezes maior , no poso do avião da TAM com um outro anterior ! Leiam a entrevista e ouçam a entrevista coletiva do brigadeiro. Ainda mais cedo, o presidente da TAM se pronunciou, afirmando que a aeronave estava em perfeitas condições, que a ausência das ranhuras na pista não pode ter influenciado no pouso, quanto à causa do acidente: só a investigação pode apurar.
E agora grande mídia golpista? E agora PSOL? Cadê Luciana "Oportunista Ressentida" Genro?
Notem que a caixa-preta nem foi aberta e analisada ainda!
Pois bem, no meio frenesi de ontem a casa caiu no site do UOL! Isso mesmo: casa caiu! O UOL publicou foto falsa do acidente em sua home page! Vejam vocês mesmos. Que vergonha hein! E aí, quem os julga? Esse pessoal julgou e condenou o presidente Lula e a Infraero ontem, e hoje admitem que divulgaram foto falsa! E as informacões falsas? Lembre-se que o UOL é o maior potal intenet da America Latina, não é qualquer blogzinho não! Absurdo!
Se vasculharmos os sites da grande mídia por aí, encontraremos mais exemplos, alguns grosseiros e outros mais sutís, de como não se deve fazer jornalismo. Outro exemplo triste nos é fornecido pela senhora Eliane Cantanhêde, em seu artigo na Folha entitulado "Quando vai ser o próximo?" . Essa senhora aí demonstra que não tem competência nem pra fazer terrorismo. No meio da colagem cínica de frases e fatos desconexos, pode-se encontrar a pérola: "...deixando a impressão nos experts de que o pouso foi além do "ponto de toque" e não houve pista suficiente para parar." Eliane, a que experts a senhora se refere? A senhora mesma suponho! Só a senhora viu isto. Essas pedradas da Eliane... ninguém merece!
Vou ficando por aqui. Agradeço os comentários dos leitores sobre a primeira parte. Espero que leiam, apreciem e critiquem está segunda contribuição. Encerro reproduzindo um fragmento, uma provocação de Paulo Henrique Amorim, que acredito se muito adequada ao momento atual:

"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil."